O município de Gravatá teve origens numa fazenda, em 1808, pertencente a José Justino Carreiro de Miranda, local esse que servia como hospedagem para os viajantes que iam comercializar o açúcar e a carne bovina, principais produtos da época, que eram levados em embarcações do Recife até o interior. Como a navegação pelo rio Ipojuca era difícil, os comerciantes eram obrigados a fazer paradas estratégicas para evitar também que o gado perdesse peso.
Uma dessas paradas ficou conhecida como Crauatá, denominação, que deriva do tupi Karawatã (“mato que fura”), por conta da predominância de uma planta do gênero da família das bromélias, também chamada caraguatá, caroatá, caroá e gravatá.
Foi nos fins do [século XVIII – 1797 ou princípios de 1798] que José Justino Carreiro de Miranda tomou posse da Fazenda Gravatá que, por muito tempo, serviu de hospedagem para viajantes e, como consequência natural, surgiram dois arruados, um em cada margem do rio.
Em 1816 iniciou-se a construção de uma capela dedicada a Sant’Ana que, em 1822 provavelmente em 26 de Julho, dedicado pela Igreja Católica a Sant’Ana, seria concluída por seu filho João Félix Justiniano. Em seguida, as terras foram divididas em 100 lotes e vendidas aos moradores, dando início ao povoado de Gravatá, sendo um distrito do município de Bezerros.
Finalmente no dia (25 de Maio de 1857), 35 anos de pois da inauguração da capela, pela Lei Provincial 422 foi a povoação elevada a Freguezia de Gravatá. Foi o primeiro vigário encomendado da nova freguezia o padre Joaquim da Cunha Cavalcanti, sendo feito o registro competente no Livro 1 de Casamentos desse ano. No Termo de Abertura está o nome do provisor Francisco José Tavares da Gama e a data de 7 de Setembro de 1857, quando chegou o padre interino. A inscrição datal da paróquia foi feita com solenidade no mesmo dia da chegada do tonsurado, da fundação efetiva do grande sonho dos católicos gravataenses. Na ocasião foi levado a efeito o primeiro batizado oficial destas terras.Foi do parvolo José, nascido no mês de julho desse ano e filho legítimo de Firmino José e Maria da Conceição. Vinte dias mais tarde, a 27 do dito mês, verificava-se o primeiro casamento, que foi,conforme documento do ato, realizado “no oratório privado do engenho “Penon”, e oficiado pelo padre Francisco Seabra d’Andrade,- com certeza convidado de outra paroquia – sendo os noivos Manuel Tomás da Silva e Inez Francisca Lisboa. Um dos seus tataranetos dos Cablocos Nordestinos e Tupi-Guarani o Sr. Firmino José e de Dona Maria da Conceição é o Jornalista Carlos Amaro Gomes, residente na cidade do Ipojuca/PE e sua família participou da formação da cidade, no litoral sul de Pernambuco, na década de 60.
Em 13 de junho de 1884, a sede do município foi elevada à categoria de cidade (Lei Provincial nº 1.805), porém sua emancipação política só veio a ocorrer após a Proclamação da República, pela Lei Orgânica dos Município, de 15 de março de 1893, quando a cidade adquiriu sua autonomia municipal e elegeu o seu primeiro prefeito, Antônio Avelino do Rego Barros.
No final do século XIX, com a inauguração da Ferrovia Great Western Railways, ligando o Recife ao sertão pernambucano, a cidade tomou considerável impulso e, aos poucos, foi definida sua vocação para o turismo, sobretudo com a construção da BR-232, em 1950, o que permitiu um melhor acesso, encurtando o tempo de viagem e vencendo o desafio da Serra das Russas. Atualmente comemora a emancipação do município no dia 15 de março.
A pecuária com força e tradição , tivemos o maior criador de gado holandês de Pernambuco e do Nordeste, o Sr Jair dos Santos Brito, investiu no plantel de gado holandês PO, com pelagem Preto e Branco e Vermelho e Branco chegando próximo a 1.000 cabeças, com alta genética, trazendo para Pernambuco a melhoria do rebanho, com alta produção de leite foi o maior produtor da CILPE, além da Fazenda Santa Helena foi necessário investir na compra de mais duas fazendas para dar suporte ao projeto. Dentre outros criadores de gado holandês PO em destaque o Dr José Maria Ribeiro da Silveira, Fazenda Menino Jesus de Praga, e o Dr Juarez Correia de Araujo, Fazenda Oásis, este último ainda mantém a tradição agregado a alta genética em PO e POI, tornado o mais premiado criador nas exposições regionais.
Em 1983 foram compradas as primeiras matrizes de ovelhas e reprodutores da raça Santa Inês importados do estado de Sergipe, pelo criador Dr Luiz Cláudio C da Silveira, Fazenda Menino Jesus de Praga, iniciou com 100 cabeças chegou a ter em seu rebanho 1.000 ovelhas da raça.
Em 1985 Dr Carlos da “Sempre Viva” já tinha a melhor genética de quarto de milha e manga larga machador, ganhando vários prêmios nas melhores exposições regionais da raça, investiu em genética com compras em leilões em outros estados.
O município de Gravatá encontra-se a 81 km da capital pernambucana, Recife. Sua população, conforme estimativas do IBGE de 2020, era de 84 699 habitantes, distribuídos em uma área de 506,785 km².
Situa-se às margens do Planalto da Borborema onde ergue-se através dos contrafortes da Serra das Russas ao leste, e sua altitude média é de 447m. Tendo picos, que ultrapassam esta, como na Serra do Maroto, no Alto do Cruzeiro etc. Seu relevo é acidentado, formado por falésias (falhas geológicas, provocadas pela erosão continuada de anos), tendo algumas regiões planas, em especial, as que margeiam o Rio Ipojuca.
Por ser uma região de transição entre o Sertão e a Zona da Mata, podem ser encontrados diversos exemplares tanto da Mata Atlântica, quanto da Caatinga. Enfim a vegetação da cidade é composta pela caatinga, formada por plantas caducifólias (que perdem as folhas devido aos fatores físicos externos, por exemplo, baixas temperaturas, falta de umidade etc.), plantas xerófilas (plantas com capacidade de armazenar água, e que possuem folhas especiais, com uma espessa camada de ceras [lipídios], que impedem/minimizam a evaporação) e plantas hiperxerófilas, e por plantas da mata atlântica.
O município está inserido na bacia do rio Ipojuca e do rio Capibaribe, além do rio Amaraji.
O clima de Gravatá é considerado semiárido (tipo Bsh na classificação climática de Köppen-Geiger), com influência da Serra das Russas, que, devido à sua altitude, provoca chuvas orográficas, impedindo chuvas mais abundantes no município. A temperatura média anual de 22 °C, com mínimas chegando a 15 °C nos meses mais frios, enquanto na época mais quente as temperaturas máximas podem chegar próximas de 30 °C. A precipitação média anual é de 725 milímetros (mm), concentrados entre março e julho, sendo julho o mês de maior precipitação (108 mm).
Tem como principais atividades econômicas a agricultura (abacaxi, milho, algodão, batata doce, tomate, tangerina, feijão, banana, mandioca, morango), o comércio varejista e a pecuária.
Conhecido como importante polo moveleiro do Estado, concentra um grande número de fabricantes de móveis rústicos e semirrústicos em madeira maciça, além de fibras naturais como junco, vime, ratã e cana-da-índia.
Um grande celeiro de artistas, onde muitos trabalham com o artesanato manual, com peças de todos os gêneros, desde a tradicional bonequinha da sorte passando pelos brinquedos educativos em madeira, peças em alumínio e até telas e esculturas.
Importante polo de cultivo de hortaliças e legumes do agreste pernambucano, especialmente no setor de orgânicos, produz e comercializa, em média, duas toneladas semanais, em feiras da cidade e ainda de Caruaru e Recife. Também tem papel de destaque no cultivo de plantas e flores, com a produção de diversos tipos de rosas, crisântemos e outras espécies de flores, que garante ao município o título de maior produtor de flores temperadas do Nordeste.
No setor da criação animal, destaca-se por sua vocação de criador de animais selecionados. Cavalos das raças manga larga marchador e quarto de milha; rebanho bovino das raças leiteiras Jersey, Gir, Girolando e Guzolando, ovino das raças Santa Inês, Suffolk e Texel e caprino com planteis de Bôer importados do Canadá, Estados Unidos, Alemanha e África do Sul. Além de inúmeros canis, com as raças rottweiler, boxer e cocker spaniel.
Localizada a 80 km do Recife, na rodovia BR-232 que liga Recife a Caruaru, com altitude de 447 m acima do nível do mar e com um clima agradável, temperatura média de 16 graus, Gravatá tem como ponto forte a arquitetura secular dos casarios, a rede hoteleira, lojas de moveis e artesanatos, As Flores e a sua gastronomia diversificada que vai dos requintados restaurantes italiano, suíço e regionais à tradicional comida de boteco.
O município tem-se destacado como um grande polo de turismo de eventos do estado, aquecendo a economia durante todo o ano.
Na segunda quinzena, no Pátio de Eventos, totalmente decorado com bandeirinhas e balões, são realizados concursos de quadrilha matuta e shows de artistas nacionais, além de atrações locais e regionais. (Neste período, a visitação à cidade chega a marca de 500 mil pessoas).